Este ano temos 6 workshops pré-congresso, no dia 25 de maio de 2023.
Local: Best Office Saldanha, Rua Visconde de Santarém 75B, 1000-286 Lisboa
Para se poder inscrever nos workshops tem, obrigatoriamente, que estar inscrito no Congresso.
Apresentamos-lhe as opções, solicitando que verifique sempre o horário e a sala do mesmo.
Local

WORKSHOP 1
Biofeedback na reabilitação da deglutição: atualizações sobre evidência e prática clínica
Horário: 09H00-12H00
Sala Azul
Organizador: Departamento de Deglutição
Formadores: Helena Santos e Rita Cardoso
Apenas 40 lugares disponíveis
Workshop dedicado a treinar e discutir a utilização das principais ferramentas de biofeedback disponíveis para a reabilitação da deglutição (ex: EMG de superfície, IOPI).
Quais as vantagens?
Quando utilizar?
Como selecionar a estratégia mais adequada a cada exercício e a cada pessoa?
O que ensinar ao doente?
Como evoluir de uma utilização continua para uma utilização intermitente?
Estas e outras questões serão discutidas com suporte na evidência científica mais atual.
O workshop inclui discussão de casos clínicos.
Este workshop é uma oportunidade de treino, atualização e esclarecimento de dúvidas sobre um tema de evidência e utilização clínica crescentes.
WORKSHOP 2
Entre o sucesso na fala e a eficácia da comunicação – reflexões e estratégias para o uso da CAA com crianças com apraxia da fala na infância
Horário: 09H00-12H00
Sala Vermelha
Organizador: Departamentos de Fala e de Comunicação Aumentativa
Formadores: João Canossa Dias e Matilde Domingues
Apenas 40 lugares disponíveis
A Apraxia da Fala na Infância (AFI) é, inegavelmente, uma Perturbação dos Sons da Fala (PSF) que pode ter impacto funcional significativo nas interações e atividades diárias das crianças (ASHA, 2007; Iuzzini-Seigel & Murray, 2017). Os relatos de cuidadores destacam preocupações a vários níveis, nomeadamente com a (in)inteligibilidade dos seus filhos, barreiras na interação com pares e em relação à resposta emocional de frustração, frequente em situações de comunicação desafiantes para a criança com AFI. Famílias há, ainda, que relatam a responsabilidade de terem de agir, frequentemente, como “voz” ou “intérprete” da sua criança, com implicações emocionais relevantes para todo sistema familiar (Rusiewiez, Maize & Ptakowsky, 2018).
A Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) surge, então, como opção terapêutica, para garantir à criança com AFI um meio para comunicar e/ou um recurso que fará a “ponte” entre as suas competências comunicativas atuais e o uso eficaz da fala, enquanto ferramenta de comunicação, no futuro (OUTF, 2020). Recorrer a estratégias de CAA, a par do trabalho para melhorar a fala, parece ser a recomendação consensual, embora esta opção coloque questões e crie desafios para a prática do terapeuta da fala (Oommen & McCarthy, 2015).
Quando optar pela introdução de um meio para CAA?
Que tipo de sistema de CAA escolher?
Que benefícios e desvantagens poderá ter esta abordagem?
Será possível combinar o intensivo trabalho necessário ao nível da fala com a utilização sistemática de estratégias aumentativas na comunicação?
Como avaliar e gerir o nível de risco associado a situações de comunicação?
Como encorajar um Reluctant Speaker (i.e., falante relutante) para que se torne num Communication Risk-Taker, tal como designado por alguns autores (Hammer & Ebert, 2021)?
Em ambiente de partilha, o que se propõe é refletir sobra a prática, informados pela teoria, procurando dar resposta àquelas e a outras questões sobre o tema proposto.
WORKSHOP 3
Aconselhamento na intervenção com a pessoa que gagueja
Horário: 13H00-16H00
Sala Azul
Organizador: Departamento de Fluência
Formadores: Ana Andrade, Cátia Catita e Helena Germano
Apenas 40 lugares disponíveis
O aconselhamento é um dos domínios de intervenção do terapeuta da fala, como mencionado pela ESLA (Professional Profile, 2019) e pela ASHA (Scope of Practice in Speech-Language Pathology, 2016). É definido pela SPTF (2020) como o “Apoio fornecido a clientes, familiares, cuidadores e defensores (advocates), com o objetivo de os ajudar a compreender a perturbação e seu impacto, e a desenvolver formas de lidar com ela. É parte integrante do processo de intervenção em terapia da fala e facilita o seu sucesso”.
O aconselhamento na intervenção com a pessoa que gagueja integra uma abordagem holística, em co-construção de soluções para lidar com sucesso com o problema de comunicação e para promoção de crescimento pessoal e capacitação, facilitando o ajustamento às dificuldades e perturbações, ao processo de intervenção e às mudanças que dele decorrem.
Neste workshop, pretende-se uma reflexão sobre as práticas habituais dos terapeutas da fala e o início do desenvolvimento de algumas técnicas e estratégias que lhes permitam integrar de forma intencional o aconselhamento na sua prática clínica, capacitando-os para trabalhar aspetos psicossociais e emocionais em articulação com a atuação informativa e comportamental. O workshop desenvolve-se a partir das seguintes questões:
- O que é o aconselhamento?
- Como se distingue de psicoterapia?
- Como se insere na intervenção com a pessoa que gagueja?
- Que modelos existem?
- O Modelo StAAR.
- Prática e discussão.
Estas questões serão abordadas com recurso a análise de casos de pessoas que gaguejam e seu contexto relacional, através de atividades práticas implementadas com os participantes.
WORKSHOP 4
Beyond a sentence: script therapy and conversation work for people with aphasia
Horário: 13H00-16H00
Sala Vermelha
Organizador: Departamento de Linguagem no adulto
Formadores: Anna Volkmer e Richard Talbot
Workshop online ministrado em língua inglesa
Apenas 40 lugares disponíveis
É sabido que um dos maiores desafios na intervenção com pessoas com dificuldades de linguagem e comunicação é a generalização de ganhos para contextos reais de conversação no dia-a-dia. O treino de guiões (script training) é uma das técnicas que pode ser utilizada quando o objetivo é uma intervenção na comunicação que vai para além da intervenção ao nível da palavra. Os estudos indicam que através da escolha de estímulos personalizados e relevantes, é possível uma melhoria na fluência, conteúdo e confiança na comunicação, em pessoas com afasia e com afasia primária progressiva. A intervenção ao nível das interações conversacionais pode ser igualmente importante para as pessoas com afasia e afasia primária progressiva.
Neste workshop irão ser discutidos os fundamentos teóricos do treino de guiões e intervenção na conversação, através da apresentação de casos clínicos e do resultado de estudos experimentais com participantes com afasia/afasia progressiva primária e terapia de grupo.
WORKSHOP 5
Neurofisiologia dos recursos físicos nas intervenções em MO
Horário: 16H00-19H00
Sala Azul
Organizador: Departamento de Motricidade Orofacial
Formadores: Alexandre Cavallieri Gomes e Susana Araújo
Apenas 40 lugares disponíveis
A aplicação de recursos físicos surge, na intervenção do terapeuta da fala em MO, como aliada no alcance dos resultados. Os conhecimentos da neurofisiologia são fundamentais na compreensão e aplicação criteriosa e específica deste tipo de abordagem.
Os músculos da face caracterizam-se por manter conexões íntimas com a pele, diferenciando-se de outros grupos musculares do corpo, pelas suas especificidades. Nesta musculatura do complexo orofacial é garantido um mecanismo distinto que responde pela precisão do movimento, adaptando-se à execução das diferentes funções estomatognáticas.
Caraterísticas relacionadas com as fibras musculares e potencial de resistência à fadiga que a musculatura orofacial apresenta, fazem refletir de como se deve solicitar estes músculos durante o exercício, nomeadamente, quando associados a agentes físicos (p.e. eletroestimulação e bandas neuromusculares).
As abordagens terapêuticas com recurso a diferentes instrumentos e dispositivos externos, de acordo com as evidências científicas mais recentes, contribuem com respostas mais alargadas no processo de avaliação e intervenção, mostrando-se mais eficazes e complementares no alcance do sucesso miofuncional.
Neste workshop, através de um espaço aberto ao diálogo e à partilha, poder-se-á compreender as bases neurofisiológicas em MO e a sua relação com os recursos físicos, através de exemplos práticos. Todos os exemplos práticos serão realizados com uma abordagem integrativa do agente físico, da neurofisiologia e da fisiologia do exercício, com foco na tomada de decisão clínica
WORKSHOP 6
Avaliação e intervenção na leitura e escrita
Horário: 16H00-19H00
Sala Vermelha
Organizador: Departamento de Linguagem na criança
Formadores: Margarida Ramalho e Telma Pereira
Apenas 40 lugares disponíveis
O papel do terapeuta da fala na avaliação da leitura e da escrita tem sofrido um enorme desenvolvimento nas últimas décadas, sendo hoje uma prática inquestionável e reconhecida não apenas na área da terapia da fala, mas também por diversos profissionais de saúde e de educação. De forma a contribuir para a capacitação dos terapeutas da fala nesta área, neste workshop, serão abordados conteúdos como a literacia emergente e pré-competências para a aprendizagem da leitura e da escrita, modelos de processamento da leitura e da escrita, princípios orientadores para a avaliação da linguagem escrita, competências, medidas, procedimentos e instrumentos a utilizar na avaliação da leitura e da escrita e metodologias de intervenção na leitura e na escrita em processos iniciais e avançados de aprendizagem, ilustrados através da sua aplicação a casos clínicos.
Pretende-se, com este workshop, criar um espaço de partilha e de debate de práticas de atuação na modalidade escrita da linguagem, assentes em conhecimento teórico e evidência científica recentes.