Project Description
Deglutição
A deglutição é uma ação complexa que envolve atividade reflexa e voluntária de mais de 30 nervos e músculos. A deglutição baseia-se num conjunto de ações neuromotoras coordenadas que envolvem dois processos biológicos cruciais: o transporte do bolo alimentar da cavidade oral para o estômago e a proteção da via aérea inferior. Dada a sua complexidade, diferentes mecanismos (estruturais e/ou funcionais) podem comprometer a sua eficácia e eficiência, pondo em risco a integridade da saúde pulmonar e/ou nutricional do indivíduo, influenciando a sua qualidade de vida e a sua participação social.
A disfagia é uma perturbação da deglutição podendo ocorrer em qualquer uma das suas fases (preparatória oral, oral, faríngea e esofágica). Tem diferentes etiologias (neurológicas, mecânicas e outras) e pode afetar o indivíduo em qualquer etapa da sua vida. Intervir precocemente nesta perturbação é um dos principais objetivos da equipa de profissionais envolvida na habilitação/reabilitação da deglutição, de forma a diminuir os riscos inerentes a esta condição e os custos que lhe estão associados.
O Departamento de Deglutição da SPTF é o responsável pela dinamização da evolução do conhecimento na área da deglutição e das suas perturbações no ciclo de vida (bebés, crianças, jovens, adultos e idosos). É constituído por um grupo de profissionais que pretende promover o aumento da qualidade e quantidade de produção científica por parte dos pares e outros profissionais de áreas afins à terapia da fala, com o intuito de fomentar a reflexão, partilha e aprendizagem para um apoio mais eficaz a pessoas com perturbação da deglutição e suas famílias, contribuindo para a adoção de práticas baseadas na evidência. É também missão do departamento contribuir para a sensibilização e aumento do conhecimento da população acerca da deglutição e das perturbações que lhe estão associadas.

Atendimento presencial em tempo COVID-19
POPULAÇÃO ADULTA
Procedimentos de risco geradores de aerossóis (risco acrescido)
- Avaliação clínica da deglutição (presencial);
- Avaliação clínica da fala ou motricidade orofacial (presencial);
- Videofluoroscopia da deglutição;
- Videoendoscopia da deglutição;
- Avaliação do reflexo de tosse;
- Avaliação de tosse voluntária;
- Treino com EMST (Expiratory Muscle Strength Trainer) (em gabinete);
- Intervenção com doentes com laringectomia;
- Intervenção com doentes com traqueostomia;
- Avaliação ou intervenção com doentes que requeiram ventilação ou suporte de oxigenioterapia;
- Avaliação ou intervenção com doentes com dificuldade no controlo da saliva ou que exibam alterações do comportamento que possam resultar em choro, gritos.
Avaliação da deglutição
- definir previamente todos os procedimentos a realizar presencialmente;
- não exceder os 15 minutos de contacto direto;
- não avaliar/realizar reflexo tosse, vómito, tosse voluntária, sensibilidade intraoral, auscultação cervical e procedimentos geradores de aerossóis;
- na avaliação direta da deglutição utilizar uma abordagem conservadora, utilizando consistências seguras para cada pessoa avaliada;
- uso de equipamento de proteção individual adequado (terapeuta e doente).
Intervenção na deglutição
- Se possível limitar o contacto direto a 15 minutos;
- Trabalhar numa posição lateral à pessoa;
- Quando possível manter distância superior a 1,5m;
- Pelo risco acrescido de ocorrência de tosse nestes doentes utilizar, para além de máscara P2, óculos de proteção e/ou viseiras;
- Evitar procedimentos geradores de aerossóis;
Intervenção na deglutição
- Evitar procedimentos que impliquem contacto com a cavidade oral;
- Incentivar autoalimentação sempre que possível;
- Evitar utilização de equipamentos de utilização partilhada;
- Utilizar uma abordagem conservadora no treino de alimentação e nas recomendações para gestão da disfagia, de modo a diminuir ao máximo o risco de ocorrência de complicações;
- Evitar a realização de treino com válvulas de fala.
Nota 1: em situações em que não há alimentação per os (utilização de SNG ou PEG) não se recomenda intervenção. Caso a pessoa seja alimentada por SNG não é recomendável a colocação de PEG ou outras intervenções que requeiram procedimentos invasivos.
Nota 2: dado o contexto atual, a disfagia pós-extubação poderá ocorrer com maior frequência, pelo que a sua identificação precoce é essencial para minimizar as complicações clínicas e o impacto na qualidade de vida da pessoa.
POPULAÇÃO PEDIÁTRICA
A infeção por SARS-CoV-2, na idade pediátrica, manifesta-se habitualmente como doença (COVID-19) ligeira, podendo ser assintomática
Procedimentos que só devem ser realizados em situações de urgência/prioritárias durante pandemia COVID-19:
- Videoendoscopia da deglutição;
- Avaliação do reflexo de vómito;
- Avaliação do reflexo de tosse;
- Avaliação de tosse voluntária;
- Auscultação cervical.
Avaliação da Deglutição
- Definir previamente todos os procedimentos a realizar presencialmente;
- não exceder os 15 minutos de contacto direto;
3. não avaliar/realizar reflexo tosse, vómito, tosse voluntária, sensibilidade intraoral, auscultação cervical e procedimentos geradores de aerossóis;
4. na avaliação direta da deglutição utilizar uma abordagem conservadora, utilizando consistências seguras para a pessoa avaliada;
5. uso de equipamento de proteção individual adequado (terapeuta e doente) – máscara e luvas ( pacientes de baixo risco de infeção); máscaras FFP3 para pacientes infetados COVID 19 ou em procedimentos geradores de aerossóis em qualquer paciente. (in: IPOG-COVID-19-survey-report.2020).
Intervenção na deglutição (só em situações de urgência )
- Se possível limitar o contacto direto a 15 minutos;
- Trabalhar numa posição lateral à pessoa;
- Quando possível manter distância superior a 1,5m;
- Pelo risco acrescido de ocorrência de tosse nestes doentes utilizar, para além de máscara P2, óculos de proteção e/ou viseiras;
- Evitar procedimentos geradores de aerossóis;
- Evitar procedimentos que impliquem contacto com a cavidade oral;
- Evitar utilização de equipamentos de utilização partilhada;
- Utilizar uma abordagem conservadora no treino de alimentação e nas recomendações para gestão da disfagia, de modo a diminuir ao máximo o risco de ocorrência de complicações;
- Evitar a realização de treino com válvulas de fala.
Nota 1: em situações em que não há alimentação per os (utilização de SNG ou PEG) não se recomenda intervenção. Caso a pessoa seja alimentada por SNG não é recomendável a colocação de PEG ou outras intervenções que requeiram procedimentos invasivos.
Nota 2: dado o contexto atual, a disfagia pós-extubação poderá ocorrer com maior frequência, pelo que a sua identificação precoce é essencial para minimizar as complicações clínicas e o impacto na qualidade de vida da pessoa.
A EQUIPA: DEPARTAMENTO DA DEGLUTIÇÃO
EVENTOS: DEGLUTIÇÃO
26 Outubro 2019 Presbifagia
Marina Padovani aborda uma realidade atual e comum numa população envelhecida - a Presbifagia- modificações na função da deglutição durante o envelhecimento - dando especial enfoque à importância da prevenção, avaliação e intervenção neste tipo de realidade.
11 maio 2019 Webinar Discussão de Casos Clínicos: Disfagias de base sensorial e neurogénica na infância
Agarre a oportunidade de poder partilhar e discutir casos clínicos que acompanha aproveitando a orientação e know-how de especialistas na área da deglutição.
27 abril Webinar Disfagia Neurogénica no Contexto Hospitalar
Daniela Tonellotto partilha a sua experiência de avaliação e intervenção terapêuica na pessoa com disfagia neurogénica em contexto hospitalar
10 novembro – Webinar “Intervenção terapêutica em adultos com disfagia”
Da Avaliação Clínica da Deglutição ao Diagnóstico; Terapia da Fala - indicação, estabelecimento de objectivos e identificação dos limites terapêuticos; Uso de novos recursos na população pediátrica
Materiais
DIA MUNDIAL DA DEGLUTIÇÃO
12 DE DEZEMBRO 2020

O Departamento de Deglutição criou uma série de desafios rápidos para testar o seu conhecimento sobre deglutição.
Poderá fazer download dos documentos se desejar










Outros Materiais ….
Receitas para pessoas com disfagia




