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Deglutição2024-04-08T09:57:25+00:00

Deglutição

A deglutição é uma ação complexa que envolve atividade reflexa e voluntária de mais de 30 nervos e músculos. A deglutição baseia-se num conjunto de ações neuromotoras coordenadas que envolvem dois processos biológicos cruciais: o transporte do bolo alimentar da cavidade oral para o estômago e a proteção da via aérea inferior. Dada a sua complexidade, diferentes mecanismos (estruturais e/ou funcionais) podem comprometer a sua eficácia e eficiência, pondo em risco a integridade da saúde pulmonar e/ou nutricional do indivíduo, influenciando a sua qualidade de vida e a sua participação social.

A disfagia é uma perturbação da deglutição podendo ocorrer em qualquer uma das suas fases (preparatória oral, oral, faríngea e esofágica). Tem diferentes etiologias (neurológicas, mecânicas e outras) e pode afetar o indivíduo em qualquer etapa da sua vida. Intervir precocemente nesta perturbação é um dos principais objetivos da equipa de profissionais envolvida na habilitação/reabilitação da deglutição, de forma a diminuir os riscos inerentes a esta condição e os custos que lhe estão associados.

O Departamento de Deglutição da SPTF é o responsável pela dinamização da evolução do conhecimento na área da deglutição e das suas perturbações no ciclo de vida (bebés, crianças, jovens, adultos e idosos). É constituído por um grupo de profissionais que pretende promover o aumento da qualidade e quantidade de produção científica por parte dos pares e outros profissionais de áreas afins à terapia da fala, com o intuito de fomentar a reflexão, partilha e aprendizagem para um apoio mais eficaz a pessoas com perturbação da deglutição e suas famílias, contribuindo para a adoção de práticas baseadas na evidência. É também missão do departamento contribuir para a sensibilização e aumento do conhecimento da população acerca da deglutição e das perturbações que lhe estão associadas.

Atendimento presencial em tempo COVID-19

POPULAÇÃO ADULTA

Procedimentos de risco geradores de aerossóis (risco acrescido)
  • Avaliação clínica da deglutição (presencial);
  • Avaliação clínica da fala ou motricidade orofacial (presencial);
  • Videofluoroscopia da deglutição;
  • Videoendoscopia da deglutição;
  • Avaliação do reflexo de tosse;
  • Avaliação de tosse voluntária;
  • Treino com EMST (Expiratory Muscle Strength Trainer) (em gabinete);
  • Intervenção com doentes com laringectomia;
  • Intervenção com doentes com traqueostomia;
  • Avaliação ou intervenção com doentes que requeiram ventilação ou suporte de oxigenioterapia;
  • Avaliação ou intervenção com doentes com dificuldade no controlo da saliva ou que exibam alterações do comportamento que possam resultar em choro, gritos.

Avaliação da deglutição

  1. definir previamente todos os procedimentos a realizar presencialmente;
  2. não exceder os 15 minutos de contacto direto;
  3. não avaliar/realizar reflexo tosse, vómito, tosse voluntária, sensibilidade intraoral, auscultação cervical e procedimentos geradores de aerossóis;
  4. na avaliação direta da deglutição utilizar uma abordagem conservadora, utilizando consistências seguras para cada pessoa avaliada;
  5. uso de equipamento de proteção individual adequado (terapeuta e doente).

Intervenção na deglutição

  •  Se possível limitar o contacto direto a 15 minutos;
  • Trabalhar numa posição lateral à pessoa;
  • Quando possível manter distância superior a 1,5m;
  • Pelo risco acrescido de ocorrência de tosse nestes doentes utilizar, para além de máscara P2, óculos de proteção e/ou viseiras;
  • Evitar procedimentos geradores de aerossóis;

Intervenção na deglutição

  • Evitar procedimentos que impliquem contacto com a cavidade oral;
  • Incentivar autoalimentação sempre que possível;
  • Evitar utilização de equipamentos de utilização partilhada;
  • Utilizar uma abordagem conservadora no treino de alimentação e nas recomendações para gestão da disfagia, de modo a diminuir ao máximo o risco de ocorrência de complicações;
  • Evitar a realização de treino com válvulas de fala.

Nota 1: em situações em que não há alimentação per os (utilização de SNG ou PEG) não se recomenda intervenção. Caso a pessoa seja alimentada por SNG não é recomendável a colocação de PEG ou outras intervenções que requeiram procedimentos invasivos.

Nota 2: dado o contexto atual, a disfagia pós-extubação poderá ocorrer com maior frequência, pelo que a sua identificação precoce é essencial para minimizar as complicações clínicas e o impacto na qualidade de vida da pessoa.

POPULAÇÃO PEDIÁTRICA

A infeção por SARS-CoV-2, na idade pediátrica, manifesta-se habitualmente como doença (COVID-19) ligeira, podendo ser assintomática

Procedimentos que só devem ser realizados em situações de urgência/prioritárias durante pandemia COVID-19:

  • Videoendoscopia da deglutição;
  • Avaliação do reflexo de vómito;
  • Avaliação do reflexo de tosse;
  • Avaliação de tosse voluntária;
  • Auscultação cervical.

Avaliação da Deglutição

  1. Definir previamente todos os procedimentos a realizar presencialmente;
  2. não exceder os 15 minutos de contacto direto;

3. não avaliar/realizar reflexo tosse, vómito, tosse voluntária, sensibilidade intraoral, auscultação cervical e procedimentos geradores de aerossóis;

4. na avaliação direta da deglutição utilizar uma abordagem conservadora, utilizando consistências seguras para a pessoa avaliada;

5. uso de equipamento de proteção individual adequado (terapeuta e doente) – máscara e luvas ( pacientes de baixo risco de infeção); máscaras FFP3 para pacientes infetados COVID 19 ou em procedimentos geradores de aerossóis em qualquer paciente. (in: IPOG-COVID-19-survey-report.2020).

Intervenção na deglutição (só em situações de urgência )

  •  Se possível limitar o contacto direto a 15 minutos;
  • Trabalhar numa posição lateral à pessoa;
  • Quando possível manter distância superior a 1,5m;
  • Pelo risco acrescido de ocorrência de tosse nestes doentes utilizar, para além de máscara P2, óculos de proteção e/ou viseiras;
  • Evitar procedimentos geradores de aerossóis;
  • Evitar procedimentos que impliquem contacto com a cavidade oral;
  • Evitar utilização de equipamentos de utilização partilhada;
  • Utilizar uma abordagem conservadora no treino de alimentação e nas recomendações para gestão da disfagia, de modo a diminuir ao máximo o risco de ocorrência de complicações;
  • Evitar a realização de treino com válvulas de fala.

Nota 1: em situações em que não há alimentação per os (utilização de SNG ou PEG) não se recomenda intervenção. Caso a pessoa seja alimentada por SNG não é recomendável a colocação de PEG ou outras intervenções que requeiram procedimentos invasivos.

Nota 2: dado o contexto atual, a disfagia pós-extubação poderá ocorrer com maior frequência, pelo que a sua identificação precoce é essencial para minimizar as complicações clínicas e o impacto na qualidade de vida da pessoa.

A EQUIPA: DEPARTAMENTO DA DEGLUTIÇÃO

David Nascimento
Coordenador
Íris Bonança
Vice-Coordenador
Ana Catarina Martins
Membro
Carla Joaquim
Membro
Joana Caçoeiro
Membro

EVENTOS: DEGLUTIÇÃO

8 de Outubro de 2022 Intervir nas perturbações da deglutição na PC: da idade pediátrica à idade adulta

Esta formação tem como objetivo partilhar conhecimentos sobre o processo de avaliação e intervenção nas perturbações da deglutição na pessoa com paralisia cerebral, permitindo um raciocínio clínico pertinente e condutas terapêuticas apropriadas, na pediatria e população adulta.

4 de Dezembro de 2021 Avaliação e Intervenção nas perturbações da deglutição em cuidados intensivos

Atendendo à alta prevalência e complexidade das perturbações da deglutição em unidades de cuidados intensivos, a necessidade de recorrer a um profissional especializado nesta área, como o Terapeuta da Fala tem sido crescente. A sua atuação carece de uma abordagem específica para indivíduos em situação crítica. Através desta formação online, pretende-se refletir sobre os aspetos específicos a considerar no processo de avaliação e intervenção, à luz da prática e da evidência científica. Teremos o privilégio de partilhar conhecimento, além fronteiras com as Fonoaudiólogas Irene de Pedro Netto Vartanian e Renata Guedes, duas profissionais com vasta experiência na área.

26 Outubro 2019 Presbifagia

Marina Padovani aborda uma realidade atual e comum numa população envelhecida - a Presbifagia- modificações na função da deglutição durante o envelhecimento - dando especial enfoque à importância da prevenção, avaliação e intervenção neste tipo de realidade.

Materiais

DIA MUNDIAL DA DEGLUTIÇÃO

12 DE DEZEMBRO 2020

O Departamento de Deglutição criou uma série de desafios rápidos para testar o seu conhecimento sobre deglutição.

Poderá fazer download dos documentos se desejar

Outros Materiais ….

Receitas para pessoas com disfagia

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